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MRSL: garantia de uma produção têxtil segura e responsável

Blog SGS PortugalBens de Consumo e Retalho30 Oct 2025

Autora:
Luísa Ferreira
Product Technician da SGS Portugal

Saiba o que é a MRSL, como se distingue das outras RSL e como garante uma produção têxtil mais segura, sustentável e livre de químicos perigosos.

Na era do consumo consciente, a sustentabilidade na produção já não é uma opção, mas uma exigência não só ao nível dos consumidores, mas também regulamentar. Na área dos têxteis, são várias as normas e exigências, pelo que se torna essencial evitar algumas substâncias que são usadas nos processos de produção têxtil ou garantir o seu controlo. É aqui que entram as RSL e a MRSL, ferramentas importantes no caminho para a conformidade com as normas e regulamentos de segurança europeus, tais como o REACH.

RSL vs MRSL

Uma RSL, ou Lista de Substâncias Restritas, é um inventário de substâncias química que não podem estar presentes no produto acabado. O que significa que o seu objetivo é informar as empresas de vestuário e calçado sobre os químicos cuja presença é proibida, de acordo com os regulamentos e leis locais ou regionais, nos produtos têxteis para o lar, vestuário e calçado.

E porque é que existem substâncias restritas? Os motivos para a sua restrição podem ir do potencial impacto no ambiente às preocupações associadas à saúde e à segurança dos trabalhadores ou dos consumidores.

Ao contrário de uma RSL, que não tem qualquer envolvimento com o processo de fabrico e aplica-se apenas a produtos acabados, a MRSL é também uma lista de substâncias químicas, mas cuja utilização intencional é proibida em instalações que processam materiais têxteis, couro, borracha, espuma, adesivos e peças de acabamento em tecidos, vestuário e calçado.

Isto significa que a conformidade com uma MRSL permite aos fornecedores garantir que as substâncias químicas que estão proibidas não são utilizadas intencionalmente durante os processos de produção e fabrico, reduzindo ou eliminando o risco da sua presença no produto final.

As vantagens face às RSL são várias:

Ambientais - Sabe-se que nem todas as substâncias químicas aplicadas a um produto farão parte do artigo final, pelo que o controlo de substâncias restritas no momento da produção vai reduzir também o risco de eliminação de resíduos que contenham substâncias nocivas e perigosas.

Laborais - Ao limitar a exposição a agentes potencialmente cancerígenos, disruptores endócrinos e outras substâncias tóxica, protege os trabalhadores através da prevenção da exposição a produtos químicos perigosos, que de outra forma poderiam ser usados durante o fabrico, pondo em risco a saúde de quem lida com eles, não só no curto, mas também no longo prazo. Ao mesmo tempo, melhora a qualidade do ar e da água no local de trabalho.

De consumo - Para os consumidores, ajuda a garantir que as substâncias nocivas utilizadas durante o fabrico não acabam no produto final, reduzindo o risco de irritação da pele, alergias ou efeitos a longo prazo na saúde, com impacto ainda maior nas populações mais vulneráveis, como as crianças e os indivíduos com sensibilidade.
Dá ainda a quem compra a certeza de que os produtos adquiridos foram produzidos com produtos químicos mais seguros e práticas responsáveis, reduzindo a poluição ambiental.

Reputacionais - Protege as marcas e os retalhistas de qualquer potencial publicidade negativa sobre a segurança dos produtos, aumentando a credibilidade da marca, uma vez que os produtos fabricados de acordo com as diretrizes da MRSL têm normalmente certificações ou divulgações que tranquilizam os consumidores sobre a sua segurança e a sustentabilidade.

A MRSL da ZDHC

Na Eliminação Zero de Produtos Químicos Perigosos (ZDHC), uma das ferramentas mais importantes para as indústrias têxteis, do vestuário e do calçado é a Lista de Substâncias Restritas no Fabrico (MRSL da ZDHC). Uma lista que aborda as substâncias perigosas potencialmente utilizadas e descartadas no ambiente durante o fabrico e processos relacionados com este em toda a cadeia de valor.

Criada em 2011, a ZDHC surge como resposta à campanha "Detox My Fashion", uma iniciativa da Greenpeace que tinha como objetivo denunciar o problema dos produtos químicos perigosos encontrados nos efluentes das fábricas da cadeia de abastecimento têxtil, nos produtos e no ambiente, apesar de décadas de regulamentação e programas de responsabilidade corporativa e que revelou o impacto ambiental dos produtos químicos perigosos no fabrico têxtil.

Uma campanha que conseguiu garantir o compromisso de dezenas de empresas e fornecedores com a eliminação zero de produtos químicos perigosos na sua cadeia de abastecimento e uma maior transparência sobre essa eliminação.

No âmbito do trabalho da ZDHC, foi desenvolvida uma MRSL, que configura uma ferramenta prática para ajudar os profissionais de empresas têxteis, de vestuário e calçado, e os seus fornecedores, a conhecerem as diferentes regulamentações nacionais e internacionais que regem a quantidade de substâncias permitidas em produtos têxteis, de vestuário e calçado acabados, para garantir a conformidade.

Trata-se de uma lista atualizada regularmente, que ajuda as empresas a adotarem práticas responsáveis de gestão química nos produtos acabados.

 

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