Retalho: Qual a importância de controlar os colaboradores nas caixas?

Autora:
Sílvia Queirós
eXperience Management Solutions Coordinator da SGS Portugal
 

70% das perdas no retalho podem ter origem nos seus colaboradores. Segurança e formação são um binómio a não perder de vista.

Dos 2,5 mil milhões de euros por ano que as quebras no retalho representam para o setor (estimativas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição — APED), cerca de 70% correspondem a quebras internas. Por outras palavras, 70% de perdas financeiras associadas às quebras no retalho têm origem nos seus colaboradores, ou poderiam por eles ser evitadas. Furtos por colaboradores e erros de registo em caixa são as principais causas das quebras internas.

Identificada a origem desta principal fatia das quebras no retalho, importa estabelecer os principais vetores de ação para a sua minimização.

Sendo na linha de caixa que a transação comercial se concretiza e em que se dá o checkout (ou saída de loja) do produto, este parece ser o local mais sensível nas auditorias em loja.

Por um lado, o fator segurança, para colaboradores e clientes no momento da saída do espaço da loja, é fundamental. Soluções tecnológicas passivas permitem hoje, com um investimento ligeiro, proteger a saída indevida dos seus produtos, seja por desatenção ou por tentativa de furto intencional

A grande maioria das quebras no retalho tem origem, porém, não nos furtos mas sim nos erros em caixa, quer por má etiquetagem, quer por erros dos seus operacionais de caixa. Desatenção nas quantidades registadas, incapacidade para reconhecer/distinguir determinados produtos, ou a simples ausência de registo são algumas das ações responsáveis pela maior percentagem das quebras internas no setor.

A importância da formação dos seus colaboradores é, por isso, capital. Esta formação deve não apenas focar-se nos procedimentos e boas práticas a observar em caixa, mas também dedicar-se aos produtos comercializados pela sua organização, quer na ótica do seu reconhecimento e distinção, quer na compreensão dos custos e características próprias associadas a cada um.