Autora:
Ana Mendes
Food, Labelling & Nutrition Coordinator
O que é a contaminação cruzada? A contaminação cruzada ocorre quando um alimento contamina outro, seja através de um contato direto (físico, quando alimentos distintos se tocam) ou indireto (através das mãos, utensílios ou equipamentos usados para processar alimentos diferentes).
A contaminação cruzada acontece, portanto, quando um alimento seguro é exposto a agentes que lhe são nocivos (por exemplo microbiológicos) e que provêm de outros alimentos. O caso mais frequente é o da contaminação entre produtos crus e produtos confecionados, que nunca devem ser manipulados em proximidade.
Porém, importa realçar que a contaminação cruzada não contempla apenas fatores microbiológicos; cabem também nesta definição as propriedades alergénicas de alguns alimentos que, mesmo em pequenas quantidades, podem originar graves consequências para os consumidores que lhes sejam sensíveis.
Exemplo disso são os doentes celíacos, que não podem consumir glúten, mesmo que em pequenas quantidades. A exposição destes indivíduos a alimentos que podem, à partida, parecer inofensivos (alimentos que contenham o trigo, a cevada, o centeio e a aveia), podem criar fortes efeitos adversos na sua saúde.
5 Regras para evitar a contaminação cruzada
- Higienize o seu espaço de confeção
- Inspecione os alimentos antes da confeção
- Armazene os alimentos de forma apropriada
- Lave os alimentos com água corrente
- Utilize os seus equipamentos de forma correta e consciente
Higienize o seu espaço de confeção — assegure a lavagem regular e eficaz do seu espaço de trabalho, dos seus utensílios, equipamentos e também das mãos. A higienização deve ser sobretudo observada entre o manuseamento de diferentes alimentos, momento em que o fenómeno da contaminação cruzada é mais suscetível de acontecer. Não use panos de utilização comum nas operações de higienização. Recorra a material descartável.
Inspecione os alimentos antes da confeção — ao descartar inteiramente alimentos não conformes ou ao remover partes que revelem alteração organolética, está a reduzir a possibilidade de ocorrência de contaminações, já que estes sinais visuais são indicativos de propagação de bactérias.
Armazene os alimentos de forma apropriada — assegure o armazenamento dos alimentos em recipientes apropriados e devidamente fechados. Ainda que o armazenamento em refrigeração possa retardar o desenvolvimento de bactérias, o contacto entre alimentos distintos — sobretudo entre crus e cozinhados — deve ser sempre evitado. A higienização dos recipientes de acondicionamento, bem como dos próprios espaços de armazenamento, é também preponderante.
Lave os alimentos com água corrente — a lavagem dos alimentos antes do seu processamento é uma primeira forma de eliminar microrganismos que possam estar presentes em alimentos — nomeadamente em frutas e verduras —, prevenindo assim a posterior contaminação do seu espaço de confeção e dos seus utensílios. Esta lavagem não dispensa, porém, a sua correta confeção e a higienização dos espaços e equipamentos durante e após o processamento. Recorra à desinfeção das frutas e verduras a consumir a cru.
Utilize os seus equipamentos de forma correta e consciente — certifique-se de que está a utilizar corretamente os seus equipamentos e utensílios de confeção, nomeadamente ao usá-los para o fim a que se destinam, recorrendo à utilização de um código de cores, definidos por categoria de alimentos.
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